A música da Índia, essencialmente improvisada, de caráter descritivo e emotivo, baseia-se em quadros rígidos, complexos e constantes, que constituem o único elemento transmissível. Deriva de vários sistemas pertencentes a grupos étnicos e lingüísticos distintos. A música indiana, não tendo notação gráfica, consiste em um sistema de ragas que são memorizadas pelos executantes e que servem de base para as improvisações.
As ragas são uma es´pécie de modos com 5, 6 ou 7 notas sobre as quais é criada toda a música. Cada raga está associada a uma estação do ano ou a um momento do dia.
O principal instrumento de cordas é a tampura; os principais instrumentos de sopro são as flautas e uma espécie de oboé. Entre os tambores, os mais importantes são o mrdangam e o tabla. O tala é o gongo indiano. Entre os mais importantes musicistas indianos estão Ali Akbar Khan e Ravi Shankar (nascido em 1920 e que já se apresentou no Brasil).
Apesar da Índia ter uma sociedade pungente e moderna, com grandes aglomerados urbanos, universidades - muita milenares - um parque industrial fortíssimo produzindo desde agulhas a motores, aviões, etc, não perdeu suas características culturais, apesar de estar sofrendo um choque cultural.
A
música indiana, assim como a música chinesa, foi a primeira a utilizar
instrumentos elaborados para este fim. Inevitavelmente, quem ouve o toque de
instrumentos indianos, sabe que está diante de uma música essencialmente
devocional, mística, baseada em mantras e feita com finalidade
espiritual.
Hoje
é conhecida como gênero New Age, e foi trazida ao mundo pop pelos hippies, em
meio às lembranças de suas peregrinações pelo Oriente.
John
Lennon se encantou por ela, e sempre que encontrou espaço demonstrou este
fascínio, colocando-a em canções de sucesso dos Beatles.
Grandes músicos brasileiros
tratam-na como elemento base em seus arranjos.
A
música Hare Krishna é uma das mais sagradas entre os diversos ramos de música
indiana, pois é exclusivamente dedicada ao panteão de deuses hindus (Krishna,
Shiva, Shakti, etc...).
Existem milhares de músicas e
músicos indianos, mestres e mantras de meditação, mas o intuito é único:
alcançar o chamado Satchitananda. A palavra indiana representa a
triplicidade Existência – Consciência – Felicidade. Falando claramente, o "de
bem com a vida".
Os
BHAJANS: são os cantos devocionais
dedicados ao Deus Krishna, uma primeira lição da música indiana.
Os
KIRTANAS: processos de meditação realizados em grupo, onde ouvir a si mesmo
cantando pode ouvir o canto dos outros.
Os
JAPAS: repetição constante do mantra Hare Krishna de forma
individual.
A
tradição de agregar conteúdos Hare Krishna, não é novidade em apresentações pelo
mundo. Em muitos eventos as meditações Hare Krishna estiveram
presentes.
O
musical Hair, conhecido mundialmente depois de um estrondoso sucesso nos EUA, já
utilizava em seu coro mantras indianos.
O
festival Mantra Rock foi um mega festival de grupos Hare Krishna, realizado em
São Francisco, que contou com a participação das bandas do porte de Grateful
Dead e Jefferson Airplaine.
Os
Beatles, a partir de 1969, juntaram-se cantando com membros Hare Krishna. A
princípio foi o líder John Lennon, e sua esposa Yoko Ono, que cantaram Give
Peace, em meio ao clímax da Guerra do Vietnã. Depois, o guitarrista George
Harrison apareceu no topo das paradas musicais com a música Sweet Lord,
acompanhada de líricas indianas ao fundo.
Ravi
Shankar, músico indiano que ficou conhecido no festival de Woodstock, é um dos
expoentes da música indiana, inclusive como parceiro constante dos Beatles em
sua fase final.
Ravi Shankar
Sarasvati
Sarasvati é a deusa indu da sabedoria, das artes e da música e a shákti, que significa ao mesmo tempo poder e esposa, de Brahma, o criador do mundo.
É a protetora dos artesões, pintores, músicos, atores, escritores e artistas em geral. Ela também protege aqueles que buscam conhecimento, os estudantes, os professores, e tudo relacionado à eloquência, sendo representada como uma mulher muito bela, de pele branca como o leite, e tocando sitar (um instrumento musical).. Seus símbolos são um cisne e um lótus branco.
Sarasvati também é o nome de um rio extinto da Índia, do vale do rio Indo, onde se desenvolveu a civilização Sarasvati-Sindhu, por volta de 3000 a.C. O rio foi redescoberto por satélite no fim do século XX.
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